A instalação apresenta imagens de obras de artes da pintura mundial, já legitimadas historicamente, impressas de modo inacabado e invertidas que disputam espaços em cinco apoios de carteiras escolares com pequenos textos com definições e função da arte elaboradas por alunos do ensino fundamental II de uma escola pública de Salvador. Indicando uma semelhança com um tipo de procedimento muito comum nas escolas em dias de prova, a “cola“ ou “pesca”, um recurso ilícito para lembrar alguns conceitos pré - determinados.
Provocar uma apreciação dirigida a partir de manifestações de adolescentes e abrir um campo de questionamentos sobre como cada indivíduo compreende e se afeta pela arte. Entendendo que as definições determinadas pelos estudantes foram construídas por eles sem nenhuma indicação de conceitos pré – estabelecidos mostrando que cada indivíduo pode ter um conceito próprio sobre arte, mas considerando também que a maioria dos sujeitos defini arte e a entende apenas pelo modelo padronizado de beleza , um conceito quase sempre moldado dentro da escola, nas academias de arte e criado pelas mídias atuais.
Na contemporaneidade a arte deve ser questionadora não precisando estar atrelada a um cânone de beleza e nem a critérios fechados e reconhecendo também que cada vez mais o público é parte integrante da obra de arte, e sua participação em maior ou menor grau depende de sensibilidade, entendimento, informação e vivência.
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